quinta-feira, 22 de março de 2012

Educação de crianças com necessidades especiais

Adequar é o caminho

Levar cada um a aprender exige abertura para diferenciar tanto o programa como as práticas

Ferdinando Casagrande mailto:novaescola@atleitor.com.br

Imagine um cenário de sonho: sala bem equipada, laboratório e biblioteca completos, professores auxiliares e uma turma atenta, ávida para ouvi-lo e interessada em trabalhar. Agora, professor, responda com franqueza: todos esses estudantes vão aprender da mesma forma tudo o que você ensinar? Quem está há algum tempo à frente de um quadro-negro sabe que a resposta é não.

Um aluno nunca é igual a outro. Perceber o potencial de cada um e atingir a classe inteira é um desafio contínuo que muitas vezes parece mais difícil do que encontrar a sala dos sonhos do cenário acima. Para chegar lá, além de estudar muito e se aprimorar sempre, é necessário saber ser f lexível. Durante o planejamento de suas aulas, você - com a ajuda da coordenação pedagógica e de colegas - deve encontrar novas formas de ensinar. Essa tarefa, que já é importante normalmente, se torna imprescindível quando há na classe alunos com necessidades educacionais especiais. As principais flexibilizações a serem feitas referem-se a quatro aspectos.

ESPAÇO Adaptação do ambiente escolar para permitir que todos tenham acesso às dependências da escola. Isso inclui rampas e elevadores, mas não só. Entram aí também o reordenamento da sala de aula, por exemplo, e a identificação de materiais em braile para que um cego possa se locomover e encontrar o que procura com autonomia.

TEMPO Determinação de um período maior para que crianças e jovens possam retomar conteúdos, realizar tarefas mais complexas, entregar trabalhos e realizar provas. Um surdo pode precisar disso nas aulas de Língua Portuguesa, por exemplo, quando tiver de redigir um texto.

CONTEÚDO Adequação do programa previsto no currículo ou no planejamento de cada aula com o objetivo de garantir que estudantes com necessidades educacionais especiais aprendam bem parte da matéria, em lugar de se dispersar por enfrentar desafios acima de suas possibilidades. Uma criança com síndrome de Down que não consegue fazer cálculos mais complexos sobre juros, por exemplo, tem condições de aprender a calcular o troco numa compra.

RECURSOS Busca de materiais didáticos ou de outras estratégias para ensinar determinados conteúdos, facilitando a aprendizagem. É a mais comum, geralmente relacionada a todos os tipos de deficiência.

Cada uma delas será tratada em quatro reportagens publicadas nas próximas páginas. Porém, nas histórias de 15 colegas que incorporaram essas diferenciações em sua prática, fica fácil perceber que uma vem sempre acompanhada de outra. Ao mesmo tempo em que um professor estende o período determinado para um trabalho, oferece um material alternativo a quem precisa. Essa abertura, no entanto, não basta se as atividades, em si, não tiverem qualidade. Por isso, NOVA ESCOLA apresenta também planos de aula baseados nas propostas desses educadores. Você vai perceber que, quando a aula é bem sistematizada, muitas das flexibilizações beneficiam não só os que têm deficiência, mas a classe inteira. E todos aprendem.


Publicado em , Julho 2009, com o título Inclusão pede flexibilização


Amados, a inclusão está cada vez mais ativa em nosso meio, e nós como educadores cristãos também precisamos estar preparados para receber essas pessoas que possuem alguma deficiência. A igreja não pode fechar os olhos para isso, nem as portas para elas, pelo contrário, nós precisamos nos adequar, preparar nosso espaço físico e principalmente nos preparar para recebê-los. Eu pergunto: "O que fará um surdo na igreja se ele não houve o que o pastor prega? Ele simplesmente não vai aparecer, pois não há quem interprete". Vocês estão entendendo minha linha de pensamento? Por isso insisto, vamos nos preparar, a igreja tem que acompanhar o desenvolvimento, precisamos estar à frente para recebê-los suprindo as necessidades deles, para que também alcancem a salvação em Jesus, pois como ouvirão se não há quem pregue, como crerão se não há quem ensine.

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